Jogo Silver

Jogo Silver
Jogo Silver: Quando a magia é usada a favor do mal…

Silver é um jogo que merece uma posição de destaque na nossa seção de favoritos. Não somente pelo fato do jogo ser bom, mas, como produtores de jogos, temos que olhar com uma certa atenção as experiências bem sucedidas, ou pelo menos, nas boas idéias…

O enredo

Silver não inova em nada no enredo. De certa forma, chega até mesmo a decepcionar.

A história se passa num mundo imaginário Jarrah que é constituido por 8 ilhas, conectadas por pontes. Silver é o mago “malvado” da história, que num belo dia resolveu usar seu poder para dominar as 8 ilhas e junto com seus filhos, Fuge, um assassino terrível, e sua filha, Glass, uma feiticeira, eles transformam Jarrah num mundo marcado pelo terror.

Na ilha central encontra-se HAVEN. E é onde nosa história começa. Silver procura uma noiva para ele e exige o direito da “PRIMA NOCTE” (referencia total ao “direito” que os senhores feudais tinham na Idade Média) e levam todas as mulheres de HAVEN (Isso com certeza indignaria qualquer homem, em qualquer época e é motivo o suficiente para querer sair “quebrando” tudo pela frente… 😀

Bem, tudo estaria bem se Fuge e seus homens não tivessem levado JENNIFER, a sua amada. Bem, é nesse ponto que você entra na história, correndo e lutando, para HAVEN, antes que o navio (carregado de mulheres, diga-se de pasagem!!) saia de HAVEN e levem as mulheres para SILVER. Adianto aqui, e isso é mostrado bem no começo do jogo, que você não chegará a tempo.

Jogo Silver - Capa do jogo
Jogo Silver – Capa do jogo
Jogo Silver: Imagem do jogo
Jogo Silver: Imagem do jogo
Jogo Silver: Imagem do jogo - 02
Jogo Silver: Imagem do jogo – 02
Jogo Silver: Imagem do jogo - 03
Jogo Silver: Imagem do jogo – 03

O que tem de bom no jogo então?

Bem, essa é a parte importante. A primeira coisa é a qualidade gráfica do jogo. Os gráficos são uma mistura de arte tradicional com gráficos poligonais. Você terá oportunidade de ver muitos screenshots aqui neste artigo e poderá comprovar isso.

A mistura é inteligente. Os cenários (o background) são lindíssimos, e o efeito é fantástico. Isso obriga, já que os desenhos são, por assim dizer, digitalizados, o jogo a ter uma espécie de câmera(No melhor estilo de ALONE IN THE DARK), ou seja, o jogo, apesar de contar com movimentos em 3D de todos os personagens, não conta com a mesma mobilidade e variedade em seu cenário. Isso não é um problema. Ao contrário, uma qualidade. Perceba os detalhes nas imagens do jogo.

O detalhe, que deixa o jogo muito interessante é o fato de usarem gráficos poligonais para desenhar os personagens. E, ao contrário do que ocorre em ALONE IN THE DARK, onde fizeram questão de desenhar os personagens enormes e ficava evidenciado que o personagem parecia ser feito de caixa de fósforos, em SILVER, fizeram os personagens relativamente pequenos, evidenciando muito mais o background do jogo do que os personagens. E como os personagens são menores, sobra processamento para dar alguns detalhes a eles, que, se fosse feito em um personagem “grande”, ainda assim, tornariam o jogo esquisito. Ponto para os produtores do jogo. O jogo parece mais natural dessa forma.

Jogo Silver: Imagem do jogo 04
Jogo Silver: Imagem do jogo 04
Jogo Silver: Imagem do jogo 05
Jogo Silver: Imagem do jogo 05
Jogo Silver: Imagem do jogo 06
Jogo Silver: Imagem do jogo 06
Jogo Silver: Imagem do jogo 07
Jogo Silver: Imagem do jogo 07

Músicas e efeitos sonoros

As musicas e efeitos sonoros é outro ponto que merece chamar atenção. Não tem nada de extraordinário nesse quesito, mas está aqui para lembrar-nos o quanto uma trilha sonora e efeitos sonoros são importantes para ambientar o jogo. De nada adiantaria o jogo ser bonito como é e ter uma música de péssima qualidade. Se as músicas não são a melhor coisa do jogo, entretanto elas não atrapalham, o que, convenhamos, já é bastante. Acho que pior do que não ter música num jogo nesse estilo, é ter uma música irritante.

Jogo Silver: Imagem do jogo 08
Jogo Silver: Imagem do jogo 08
Jogo Silver: Imagem do jogo 09
Jogo Silver: Imagem do jogo 09
Jogo Silver: Imagem do jogo 10
Jogo Silver: Imagem do jogo 10
Jogo Silver: Imagem do jogo 11
Jogo Silver: Imagem do jogo 11

Interface

Aqui está, na minha opinião, uma das melhores coisas do jogo. A interface com o jogador. Todos os diálogos estão numa espécie de DIALOG BOX na tela, com a foto de quem está falando (Na versão em português do jogo. Na versão inglesa, as opções são FALADAS e DIALOG BOX), no melhor estilo RPG. Não é uma inovação, é verdade. Entratanto, vale o mesmo comentário sobre as músicas: Não atrapalham. E são simples.

Outro fator a parte é a jogabilidade que o jogo proporciona. É difícil ver um jogo que usa exclusivamente o mouse por um motivo simples: Só existem 2 botões no mouse(Tá, existem 3 botões também, mas o mais difundido por ai são os mouses de 2 botões…). Então, invariavelmente, usa-se o teclado como auxiliar do mouse. O destaque aqui é a forma inteligente de uso do mouse, e, acredito, que se possa fazer cerca de 90% dos comando somente através dele. Tarefas estas que, em outros jogos, são relativamente complexas, como selecionar objetos numa mala, tipo de arma, tipo de armadura, magia, etc…estão a apenas 2 cliques de mouse. E não abre nenhum MENU TEXTO, como é usual nesses jogos, mas um menu gráfico extremamente funcional e agradável.

Concluindo…

Bem, eu ainda não terminei o jogo para dizer se há um grande final ou não (Na verdade já terminei, mas é para dar um suspense 🙂 ), mas o que importa aqui é ver o jogo e tentar aplicar algumas idéias em seus próprios jogos.

A interface é o ponto forte na minha opinião e o ENREDO é ponto fraco. É perceptivel o quanto é “batida” a história e você percebe isso na pobreza dos diálogos. Não é um jogo que inova em nada, entretanto, tecnicamente dizendo, ele é ótimo e serve como base para você se quiser fazer um jogo do gênero. O enredo não chega a estragar o jogo, afinal não é uma obra prima, mas também não atrapalha. É apenas um tema corriqueiro. Mas a qualidade geral do jogo acaba compensando.